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Conheça o Circuito da Poesia no Recife


O projeto Consiste na instalação de doze Esculturas, em concreto e fibra de vidro com tamanho natural, representando personalidades conhecidas ambientadas em lugares estratégicos do centro da cidade formando um circuito, um percurso de visitação. Essas esculturas foram criadas pelo artista plástico Demétrio Albuquerque da Silva Filho.
São elas:


01 - Manuel Bandeira - Rua da Aurora

Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho nasceu no Recife e estreou na literatura em 1917 com a publicação do livro A Cinza das Horas. A escultura apresenta Manuel Bandeira sentado, ao lado de uma janela colonial, onde contempla toda a paisagem do Capibaribe, na rua da Aurora. Lendo trecho de seu poema Evocação, o poeta convida o visitante a fazer o mesmo. O portal simboliza a passagem que a poesia de Bandeira representa para a literatura brasileira.

02 - João Cabral de Melo Neto - Rua da Aurora


João Cabral de Melo Neto nasceu no Recife e faleceu no Rio de Janeiro. Membro da Academia Brasileira de Letras, o poeta recebeu o Prêmio Luiz de Camões, o mais importante concedido a escritores da Língua Portuguesa. A escultura apresenta João Cabral, na rua da Aurora, sentado em um banco de praça em gesto contemplativo. Sobre a perna segura um livro aberto em seu poema que fala do rio Capibaribe: “o Cão sem Plumas”. 
 03 - Capiba - Rua do Sol


O mais conhecido compositor de frevos do Brasil, Lourenço da Fonseca Barbosa – Capiba, nasceu em Surubim no interior do estado, mas adotou o Recife como cidade onde permaneceu até o fim da vida. Representado na rua do Sol, em pé num balcão antigo, a estátua de Capiba evoca os velhos carnavais e saúda o desfile do Galo da Madrugada e o autêntico frevo pernambucano. A obra convida o folião, ao lado de Capiba, assistir ao carnaval do Recife e cantar Madeira que cupim não rói. 


                 
04 - Mauro Mota - Pátio do Sebo

Mauro Ramos da Mota e Albuquerque bacharelou-se em Direito, mas dedicou sua vida ao jornalismo e ao magistério. Eleito em 1970 para a Academia Brasileira de Letras, foi também membro da Academia Pernambucana de Letras. A escultura em concreto natural, representando Mauro Mota, sentado em um banco, lendo um grande livro aberto pode ser compartilhado por quem sentar ao lado interagindo com o poeta. Situada no Pátio do Sebo, no centro do Recife, induz o visitante ao desfrute da praça arborizada e com bancos convidativos à leitura. 

05 - Carlos Penna Filho - Praça da Independência


Carlos Pena Filho publicou em 1952 O Tempo da Busca, seu primeiro livro de poesias. A escultura, na Praça da Independência, é um conjunto da figura, mesa e bancos. Todos feitos em concreto, chumbados entre si e ao piso, numa composição do momento do poeta. Baseada no poema mais famoso de Carlos Pena Filho “O Chope”, em que, nos convida a um trago de reflexões e angústias; a vida no centro da cidade, enquanto, em um gesto, quase secreto, escreve seu poema mais famoso.

               06 - Antonio Maria - Rua do Bom Jesus


 Antônio Maria Araújo de Morais nasceu no Recife e iniciou sua vida artística aos 17 anos na Rádio Clube de Pernambuco como apresentador de programas musicais. Compôs em            1951, o Frevo nº 1 do Recife, o primeiro de uma série de cinco. Sua escultura é de concreto armado polido e está na rua do Bom Jesus, no Recife Antigo. Antonio Maria está sentado em banco de concreto, situado em frente a outro banco vazio, convidando o visitante a conversar com o poeta e relembrar seu legado de belas composições da música brasileira.


07 - Chico Science - Rua da Moeda



Francisco de Assis França, nasceu em 13 de março de 1966, no interior de Pernambuco. Na década de 90, uniu-se a grupos de maracatu e hip hop e criaram um gênero musical que resultou numa mistura de ritmos dos tambores, guitarras, frevo, embolada, xaxado, rap e rock. Junto à Nação Zumbi, Chico Science foi o responsável pela criação do movimento Manguebeat. A escultura em resina e fibra de vidro com acabamento em apliques de tecido e palha, representa a figura do mangueboy Chico Science. Equilibrada em uma alfaia de Maracatu, a escultura se encontra na Rua da Moeda, encrustrado no alto de um poste de concreto.             
        
                  08 - Ascenso Ferreira - Cais da Alfândega



Ascenso Ferreira nasceu no município de Palmares e faleceu no Recife em 1965. Usava sempre um chapéu de palha, que logo tornou-se sua marca. A poesia de Ascenso pertence à primeira geração do Movimento Modernista de Pernambuco, tendo publicado em 1927 seu primeiro livro Catimbó. A escultura do poeta Ascenso Ferreira está acomodada em um fardo de jornais, ao lado de pilhas de livros que lhe servem de banco e descanso. As pilhas ao lado sugerem uma parada junto ao poeta para contemplação do Rio Beberibe e do Cais da Alfândega.         
       09 - Joaquim Cardozo - Ponte Mauricio de Nassau



Joaquim Cardozo publicou seu primeiro livro aos 50 anos de idade e morreu sem ter o reconhecimento do grande público. Mas os críticos sempre o classificaram como um dos maiores poetas da língua portuguesa no século XX. A obra poética de Joaquim Cardozo tem como temas constantes o Recife e o Nordeste. A escultura em concreto armado polido, representa o poeta Joaquim Cardozo recostado ao balaústre dos arcos que ladeiam a ponte Maurício de Nassau.

             10 - Solano Trindade - Pátio de São Pedro



Francisco Solano Trindade foi poeta, cineasta, pintor e teatrólogo, tendo sido fundador do Pólo de Cultura e Tradições Afro-Americanas em 1954. A escultura em concreto armado polido, no Pátio de São Pedro, representa o poeta Solano Trindade, em pé em cima de um tambor de Maracatu, onde segura um sino de bronze. O tambor serve de base para a escultura e pequeno palco para recitais, discursos, falas e qualquer interatividade de postura, fala e teatro, como tribuna para auto-expressão.

                11 - Luiz Gonzaga - Casa da Cultura



Luiz Gonzaga nasceu no município de Exu, no sertão pernambucano e faleceu no Recife. Foi o maior responsável pela divulgação da música nordestina no Brasil. Localizada em frente à Casa da Cultura, a escultura de tamanho natural, em concreto colorido e patinado, mostra Luiz Gonzaga tocando a sanfona. O triângulo e a zabumba que compõem a obra sugerem uma brincadeira do público completando os personagens do Trio de Forró.

       12 - Clarice Lispector - Praça Maciel Pinheiro

Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik, na Ucrânia, mas passou a infância com a família no Recife, em 1925, onde estudou no Ginásio Pernambucano. A escultura apresenta Clarice sentada, na Praça Maciel Pinheiro, em cadeira de espaldar iluminada por um abajur alto, com uma máquina de escrever no colo. A escultura retrata a intimidade do gesto de escrever e evoca a inspiração que Clarice Lispector foi buscar naquela praça, um lugar de sua infância.

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