Como a tradicional companhia russa se prepara com rigor durante oito horas por dia para chegar à perfeição no espetáculo "O Lago dos Cisnes", em turnê pelo País
Marcos Diego Nogueira
CISNE BRANCO
Os solistas EkaterinaKondaurova e EvgenyIvanchenko (ao centro)
em ação: esforços físicos que podem provocar lesões
Esqueça o horror psicológico do filme “Cisne Negro”, que deu o Oscar de melhor atriz a Natalie Portman. Para levar aos palcos uma perfeita coreografia de “O Lago dos Cisnes”, o mais famoso espetáculo de dança clássica da história, o que se precisa é de muito treinamento, disciplina e trabalho de equipe. Coisa que o Balé Kirov, de São Petersburgo, na Rússia, tira de letra. A trupe está em turnê por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte e traz essa produção como carro-chefe. A história da princesa condenada a viver como ave por causa de uma maldição é um patrimônio russo por excelência: além da bem-sucedida composição de PiotrIlitchTchaikovski, ela é embalada por um romantismo de gestos largos apropriado a dançarinos dispostos a todos os sacrifícios. E é esse o sentimento que se percebe nos bastidores do Kirov, que hoje prefere ser chamado de Balé do Teatro Mariinsky