Alguns filmes que fizeram uso marcante da música clássica em suas trilhas, criando momentos inesquecíveis.
Fantasia (1940)
É impossível falar da música erudita no cinema sem mencionar Fantasia, o ambicioso projeto no qual Walt Disney, na tentativa de popularizar os clássicos, combinou desenho animado a composições de Tchaikovsky ("O Quebra-Nozes"), Beethoven ("Sinfonia Pastoral") e outros mestres. O filme é irregular e sua proposta ultrajou alguns puristas, mas possui cenas que figuram entre os pontos altos da união entre música e imagem no cinema. Também vale conhecer a continuação, Fantasia 2000. Mais acessível que o primeiro, inclui ótimos segmentos, como o da história nova-iorquina contada ao som da "Rhapsody in Blue" de George Gershwin.
O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940)
Embora seja um aspecto menos alardeado de sua genialidade, Charles Chaplin foi um mestre na utilização da música. Na maioria da vezes, eram composições de sua própria autoria - ganhou um Oscar pela belíssima Luzes da Ribalta (1952) - mas foi com uma peça erudita que ele produziu um dos melhores momentos de O Grande Ditador, sátira a Hitler na qual interpreta o ditador Adenoid Hynkel e seu sósia, um barbeiro judeu. É a divertidíssima cena em que barbeia um cliente no ritmo da "Dança Húngara nº. 5" de Brahms.
Desencanto (Brief Encounter, 1945)
Desencanto é um dos mais famosos exemplos da utilização de música clássica no cinema. Baseado numa peça de Noel Coward e com direção de David Lean, narra o romance proibido entre a dona de casa Laura (Celia Johnson) e o médico Alec (Trevor Howard), ambos casados. Uma história simples que, musicada com o inesquecível "Concerto para Piano Nº. 2" de Rachmaninov, resultou num dos maiores clássicos do cinema britânico, tendo sido eleito pelo British Film Institute o segundo melhor filme inglês de todos os tempos.
Dedos da Morte (The Beast With Five Fingers, 1947)
Pouco lembrado, mas eficiente, Dedos da Morte ampliou a curiosa associação de Bach com o cinema de terror, já que sua "Tocata e Fuga para Órgão" foi usada em vários filmes do gênero (a primeira versão sonora de O Médico e o Monstro, por exemplo). Por sugestão do roteirista Curt Siodmak, Max Steiner utilizou como tema principal de sua trilha a "Chacona da Partita nº. 2 para Violino" do célebre compositor alemão, em macabro arranjo orquestral. A história: o secretário (Peter Lorre) de um pianista recém-falecido constata, aterrorizado, que a mão esquerda de seu patrão, misteriosamente separada do corpo, voltou à vida e está tentando assassiná-lo. Os efeitos especiais são excelentes.
Melodia Imortal (The Eddy Duchin Story, 1956)
Famosa e lacrimogênea biografia do pianista e bandleader Eddy Duchin (Tyrone Power), cuja trajetória foi marcada por sucesso profissional mas também por tragédias pessoais, tendo morrido de leucemia aos 40 anos. O filme, que tem Kim Novak no papel de sua esposa, possui alguns ótimos momentos musicais, incluindo uma apresentação de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, e a emocionante cena final, quando Duchin, já ciente da doença, toca em dueto com o filho o belíssimo "Noturno em Mi Bemol" de Chopin.
2001 - Uma Odisséia no Espaço (2001 - A Space Odyssey, 1968)
Talvez o mais brilhante uso da música clássica no cinema, 2001 chegou a ter uma trilha original composta por Alex North (Spartacus), mas o diretor Stanley Kubrick acabou optando por composições eruditas para musicar este marco da ficção científica. Destaque para utilização de "Assim Falou Zarathustra" (Richard Strauss), e a cena na qual uma estação espacial viaja pelo universo ao som da valsa "Danúbio Azul" (Johann Strauss Jr), um dos mais belos momentos de toda história das artes audiovisuais segundo o maestro Júlio Medaglia.
O Homem Elefante (The Elephant Man, 1980)
O esplêndido O Homem Elefante relata a história real do inglês John Merrick (1862-1890), vítima de uma doença que provoca terríveis deformidades. Dirigido por David Lynch e protagonizado por John Hurt e Anthony Hopkins (o médico que "adota" Merrick depois que o descobre num show de aberrações), o filme também conta com excelente fotografia em preto e branco de Freddie Francis e uma pungente trilha musical. Na cena final, os temas originais de John Morris dão lugar ao famoso "Adagio for Strings", do compositor americano Samuel Barber (1910-1981), e o resultado é uma das cenas mais comoventes de todos os tempos.
O Espelho Tem Duas Faces (The Mirror Has Two Faces, 1996)
Dirigido e estrelado por Barbra Streisand - a história, inspirada numa produção francesa dos anos 50, é veículo ideal para sua conhecida egolatria - O Espelho Tem Duas Faces é uma agradável comédia romântica sobre a importância de privilegiar a beleza interior e não a aparência. O filme acompanha o romance entre dois professores universitários: a solteirona Rose (Streisand) e Gregory (Jeff Bridges), cuja idéia de relacionamento ideal não inclui sexo. O desfecho é valorizado pela arrebatadora "Nessun Dorma", da ópera Turandot, de Puccini.
Hilary e Jackie (Hilary and Jackie, 1999)
Biografia adaptada do livro de Hilary Du Pré sobre a irmã Jacqueline, extraordinária violoncelista inglesa que
morreu de esclerose múltipla aos 42 anos. O filme relata o complexo relacionamento entre elas desde a infância, mostrando também o fracassado casamento de Jackie (Emily Watson, numa grande atuação) com o pianista/regente Daniel Barenboim e, claro, seus triunfos artísticos. A trilha é marcada pelo uso recorrente do magnífico "Concerto para Violoncelo" de Edward Elgar, cuja interpretação é a mais famosa da instrumentista.
fonte: suelisol.multiply.com
Fantasia (1940)
É impossível falar da música erudita no cinema sem mencionar Fantasia, o ambicioso projeto no qual Walt Disney, na tentativa de popularizar os clássicos, combinou desenho animado a composições de Tchaikovsky ("O Quebra-Nozes"), Beethoven ("Sinfonia Pastoral") e outros mestres. O filme é irregular e sua proposta ultrajou alguns puristas, mas possui cenas que figuram entre os pontos altos da união entre música e imagem no cinema. Também vale conhecer a continuação, Fantasia 2000. Mais acessível que o primeiro, inclui ótimos segmentos, como o da história nova-iorquina contada ao som da "Rhapsody in Blue" de George Gershwin.
O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940)
Embora seja um aspecto menos alardeado de sua genialidade, Charles Chaplin foi um mestre na utilização da música. Na maioria da vezes, eram composições de sua própria autoria - ganhou um Oscar pela belíssima Luzes da Ribalta (1952) - mas foi com uma peça erudita que ele produziu um dos melhores momentos de O Grande Ditador, sátira a Hitler na qual interpreta o ditador Adenoid Hynkel e seu sósia, um barbeiro judeu. É a divertidíssima cena em que barbeia um cliente no ritmo da "Dança Húngara nº. 5" de Brahms.
Desencanto (Brief Encounter, 1945)
Desencanto é um dos mais famosos exemplos da utilização de música clássica no cinema. Baseado numa peça de Noel Coward e com direção de David Lean, narra o romance proibido entre a dona de casa Laura (Celia Johnson) e o médico Alec (Trevor Howard), ambos casados. Uma história simples que, musicada com o inesquecível "Concerto para Piano Nº. 2" de Rachmaninov, resultou num dos maiores clássicos do cinema britânico, tendo sido eleito pelo British Film Institute o segundo melhor filme inglês de todos os tempos.
Dedos da Morte (The Beast With Five Fingers, 1947)
Pouco lembrado, mas eficiente, Dedos da Morte ampliou a curiosa associação de Bach com o cinema de terror, já que sua "Tocata e Fuga para Órgão" foi usada em vários filmes do gênero (a primeira versão sonora de O Médico e o Monstro, por exemplo). Por sugestão do roteirista Curt Siodmak, Max Steiner utilizou como tema principal de sua trilha a "Chacona da Partita nº. 2 para Violino" do célebre compositor alemão, em macabro arranjo orquestral. A história: o secretário (Peter Lorre) de um pianista recém-falecido constata, aterrorizado, que a mão esquerda de seu patrão, misteriosamente separada do corpo, voltou à vida e está tentando assassiná-lo. Os efeitos especiais são excelentes.
Melodia Imortal (The Eddy Duchin Story, 1956)
Famosa e lacrimogênea biografia do pianista e bandleader Eddy Duchin (Tyrone Power), cuja trajetória foi marcada por sucesso profissional mas também por tragédias pessoais, tendo morrido de leucemia aos 40 anos. O filme, que tem Kim Novak no papel de sua esposa, possui alguns ótimos momentos musicais, incluindo uma apresentação de "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, e a emocionante cena final, quando Duchin, já ciente da doença, toca em dueto com o filho o belíssimo "Noturno em Mi Bemol" de Chopin.
2001 - Uma Odisséia no Espaço (2001 - A Space Odyssey, 1968)
Talvez o mais brilhante uso da música clássica no cinema, 2001 chegou a ter uma trilha original composta por Alex North (Spartacus), mas o diretor Stanley Kubrick acabou optando por composições eruditas para musicar este marco da ficção científica. Destaque para utilização de "Assim Falou Zarathustra" (Richard Strauss), e a cena na qual uma estação espacial viaja pelo universo ao som da valsa "Danúbio Azul" (Johann Strauss Jr), um dos mais belos momentos de toda história das artes audiovisuais segundo o maestro Júlio Medaglia.
O Homem Elefante (The Elephant Man, 1980)
O esplêndido O Homem Elefante relata a história real do inglês John Merrick (1862-1890), vítima de uma doença que provoca terríveis deformidades. Dirigido por David Lynch e protagonizado por John Hurt e Anthony Hopkins (o médico que "adota" Merrick depois que o descobre num show de aberrações), o filme também conta com excelente fotografia em preto e branco de Freddie Francis e uma pungente trilha musical. Na cena final, os temas originais de John Morris dão lugar ao famoso "Adagio for Strings", do compositor americano Samuel Barber (1910-1981), e o resultado é uma das cenas mais comoventes de todos os tempos.
O Espelho Tem Duas Faces (The Mirror Has Two Faces, 1996)
Dirigido e estrelado por Barbra Streisand - a história, inspirada numa produção francesa dos anos 50, é veículo ideal para sua conhecida egolatria - O Espelho Tem Duas Faces é uma agradável comédia romântica sobre a importância de privilegiar a beleza interior e não a aparência. O filme acompanha o romance entre dois professores universitários: a solteirona Rose (Streisand) e Gregory (Jeff Bridges), cuja idéia de relacionamento ideal não inclui sexo. O desfecho é valorizado pela arrebatadora "Nessun Dorma", da ópera Turandot, de Puccini.
Hilary e Jackie (Hilary and Jackie, 1999)
Biografia adaptada do livro de Hilary Du Pré sobre a irmã Jacqueline, extraordinária violoncelista inglesa que
morreu de esclerose múltipla aos 42 anos. O filme relata o complexo relacionamento entre elas desde a infância, mostrando também o fracassado casamento de Jackie (Emily Watson, numa grande atuação) com o pianista/regente Daniel Barenboim e, claro, seus triunfos artísticos. A trilha é marcada pelo uso recorrente do magnífico "Concerto para Violoncelo" de Edward Elgar, cuja interpretação é a mais famosa da instrumentista.
fonte: suelisol.multiply.com