As sete telas foram encontradas num convento em Doksany, a 50 quilómetros a norte de Praga. A descoberta foi feita por Jiri Kuchar, um historiador checo que garantiu ao jornal britânico "The Telegraph" que os quadros pertencem à coleção particular de Adolf Hitler. Apesar das obras serem difíceis de avaliar com precisão, calcula-se que o valor da coleção se aproxime dos 2 milhões de euros.
Entre as obras de arte encontradas está a famosa pintura "Memórias de Estalinegrado", do pintor alemão Franz Eichhorst. Apesar da batalha de Estalinegrado ter sido uma das maiores derrotas do exército nazi na Segunda Guerra Mundial, o quadro era um dos preferidos de Hitler. Na obra, estão representados soldados alemães feridos numa trincheira, enquanto a guerra continua à sua volta.
Segundo o historiador checo, acredita-se que führer terá dado ordens para que as obras fossem escondidas num mosteiro na região da Boémia, mas que terão sido encontradas por soldados norte-americanos durante a guerra. Já o seu desaparecimento e como foram parar ao convento permanece um mistério.
A coleção privada do ditador alemão era composta por 45 quadros e 30 esculturas. Contudo, a história ainda não acabou. O autor da descoberta disse ao "The Telegraph" que ainda existem mais nove quadros cujo paradeiro permanece desconhecido.
Poucas dúvidas restam de que a arte era um dos principais fascínios de Hitler. Na verdade, ele próprio se descrevia como um artista frustrado. Foi já na idade adulta que o ditador alemão pintou alguns quadros, no entanto, nenhum deles tem um valor comparável aos que foram agora descobertos na cidade de Doksany, pintados por verdadeiros artistas e não por autores de crimes contra a humanidade.
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