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Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdã celebrará seus 125 anos com uma turnê mundial

Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdã comemora seus 125 anos de existência em 2013 com uma turnê mundial. A ‘melhor orquestra do mundo’, como é considerada por muitos, fará ao todo 48 concertos em 30 cidades, além de 71 apresentações em casa, em Amsterdã. Para os músicos, será um ano puxado.
Em 1888, uma fila de carruagens se dirigia a Amsterdã-Sul. A então recém-criada Orquestra do Concertgebouw fazia sua primeira apresentação na nova casa de concertos, o Concertgebouw - na época, nos arredores da cidade.
Tanto o teatro como a orquestra construíram fama internacional. Os maiores solistas e regentes se sentiam e ainda se sentem honrados em trabalhar com a orquestra, numa sala que tem uma acústica única. E o público continua comparecendo em peso.
Embaixadora
A Orquestra do Concertgebouw, que desde 1988 leva o título de ‘Real’, é uma das mais importantes embaixadoras culturais da Holanda. Há alguns anos, foi apontada pela crítica como a melhor sinfônica do mundo.Mas já faz décadas que seus músicos viajam a muitos outros países, e gravações e transmissões de rádio também ajudaram a consolidar sua fama. Em parte também graças à Radio Nederland, que distribui gravações da Orquestra Real do Concertgebouw para transmissões por rádios de todo o mundo.

Embora tenha Amsterdã como sede, o diretor geral, Jan Raes, sublinha que “a orquestra é composta por 120 músicos, dos quais cerca de 70 são holandeses e 50 de outros países. Há mais de 20 nacionalidades representadas. Ela é um reflexo do mundo.”
Turnê mundial
A turnê mundial terá início no dia 17 de janeiro de 2013, em Frankfurt, Alemanha. Vinte dias depois, esta primeira viagem termina em Washington e Nova York. Em março a orquestra faz quatro concertos na África do Sul, inclusive uma apresentação educativa com a fábula ‘Pedro e o Lobo’.

Na última semana de junho, a orquestra vai ao Brasil e Argentina, onde fará seis concertos em São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. Em agosto e setembro, algumas viagens pela Europa, e em novembro três semanas de apresentações da Rússia, China, Japão e Austrália. “Com isso cumprimos a agenda das principais salas de concerto”, diz o diretor Jan Raes.
Compositores
Durante o ano do jubileu o repertório incluirá com frequência obras de compositores que se apresentaram com a orquestra ao longo de sua história. Em 1898, Richard Strauss dedicou ‘Ein Heldenleben’ à Orquestra do Concertgebouw e seu regente, Willem Mengelberg. Mahler, Rachmaninov, Bartók e Witold Lutoslawski também estão neste repertório.

No período da Páscoa a orquestra apresenta ‘Golgotha’, do suíço-holandês Frank Martin (1890-1974). Além disso, o holandês Louis Andriessen e o finlandês Magnus Lindberg irão compor novas peças especialmente para a Orquestra do Concertgebouw. Suas obras serão apresentadas no concerto de abertura, em janeiro, e no concerto em comemoração ao jubileu, em novembro.
Regentes
Ao longo de 2013, o regente titular, Mariss Jansons, estará frequentemente à frente da orquestra. No ‘Jubileu das Estrelas’, em abril, seus antecessores, Riccardo Chailly e Bernard Haitink, também marcam presença. Neste concerto também haverá três solistas: o pianista chinês Lang Lang, o barítono norte-americano Thomas Hampson e a violinista holandesa Janine Jansen. Na ocasião, a sala do Concertgebouw também completa 125 anos.

E como de costume, haverá mais regentes convidados, entre eles Iván Fischer e Gustavo Dudamel. Antonio Pappano, o grande regente de ópera, também – nesta ocasião, em agosto, a orquestra se apresentará num grande palco flutuante no Prinsengracht.

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