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Madri acolhe primeira grande mostra sobre obra tardia de Rafael

"Bindo Altoviti" é um dos quadros de Rafael apresentados na mostra do Museu do Prado.
Washington, National Gallery of Art


Museu do Prado apresenta "O Último Rafael", a primeira grande exposição enfocando os últimos anos da produção do pintor renascentista. A coleção reunida na capital espanhola não tem precedentes: são 44 pinturas, 28 desenhos, um objeto arqueológico e uma tapeçaria, provenientes de cerca de 40 instituições diferentes de todo o mundo.
A mostra percorre de maneira cronológica a atividade artística de Rafael de 1513 até a morte do artista, em 1520, evidenciando a evolução estética de sua pintura. Um dos objetivos é delimitar claramente a fronteira entre os trabalhos executados pelo próprio Rafael e aqueles produzidos em colaboração com seus dois principais assistentes, Giulio Romano e Gianfrancesco Penni.
Neste programa, Miguel Falomir, diretor do departamento de pinturas italianas do Museu do Prado, explica por que esse período da obra de Rafael é particularmente interessante. A exposição, que é realizada em parceria com o museu do Louvre, pode ser vista em Madri até 16 de setembro. As obras seguem depois para a capital francesa.
Ainda nesta edição do Agenda Europa, passamos da pintura renascentista para a produção artística do século 21, com um tour cultural que só pode ser realizado a cada dez anos. A primeira parada é na Bélgica, onde a província de Limbourg acolhe até o final de setembro a 9ª Manifesta, a única bienal europeia de arte contemporânea itinerante.
O circuito continua com a Documenta, principal evento mundial de artes plásticas que acontece a cada cinco anos na cidade alemã de Kassel. São 150 artistas de 55 países, mas também uma centena de outros participantes vindos de horizontes disciplinares tão variados quanto a literatura, o cinema, a economia, o feminismo, a ecologia, a física e até a zoologia.
Nosso tour termina em Basileia, na Suíça, que abriga neste final de semana a maiorfeira de arte contemporânea do mundo. Mais de 300 galerias expõem obras de 2500 artistas, de jovens talentos ainda desconhecidos aos nomes mais bem cotados do mercado.

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