Paris ganhou o apelido de Cidade Luz, mas bem que poderia ser a cidade dos museus. Basta ter curiosidade pra desvendar os mais escondidos e paciência para enfrentar as filas dos mais famosos.
As águas do rio Sena, que cortam a capital francesa, também separam os dois principais museus da cidade: o Louvre, o mais visitado do mundo e, bem em frente, na outra margem do rio, o D'Orsay, casa da maior coleção de pinturas impressionistas do planeta.
Obras primas enfeitam as galerias que já foram parte de uma estação de trem. Agora, pela primeira vez, 85 peças do acervo do museu vão cruzar o Atlântico para serem exibidas em terras tropicais.
As obras escolhidas retratam o magnetismo de Paris, que atraiu os maiores pintores do século XIX. Claude Monet, Eduard Manet, Pierre August Renoir. O valor de uma coleção assim é incalculável, por isso a segurança é máxima.
Na reserva do Museu D'Orsay as telas são empacotadas dias antes de embarcarem rumo ao Brasil. Jean Nandin, responsável pelo bem estar das pinturas, diz que elas passam por uma cuidadosa inspeção antes e depois de cada viagem.
Os caixotes de madeira são feitos sob medida para cada obra. O transporte é feito por seis aviões, para garantir que a coleção não se perca por inteiro, se houver um acidente. Para o diretor do museu, Guy Cogeval, chama a atenção para as nacionalidades que mais visitam o D’Orsay. “Vinte anos atrás eram os americanos os japoneses e os italianos, hoje está havendo uma explosão de sul-americanos. Todo dia cruzamos com brasileiros no museu”, diz ele.
Enquanto obras primas francesas são admiradas no Brasil, o design brasileiro encanta quem visita o restaurante do Museu D'Orsay, que ganhou uma reforma assinada pelos irmãos Campana, de São Paulo. Longa vida para essa parceria entre o que há de melhor entre aFrança e o Brasil.