"IMPRESSIONISMO: PARIS E A MODERNIDADE": EXPOSIÇÃO CHEGA AO RJ E TRAZ 85 TELAS DOS MAIORES MESTRES DA PINTURA DO SÉCULO 19
Depois de São Paulo, chegou a vez do Rio de Janeiro receber a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade". A mostra traz 85 obras-primas de mestres do Impressionismo do século 19, e fazem parte do acervo do Museu d'Orsay, em Paris. A coleção está no CCBB-RJ (Centro Cultural do Banco do Brasil do Rio de Janeiro) de 23 de outubro a 13 de janeiro de 2013. Para quem quiser saber mais sobre os artistas e o movimento, filmes estão sendo exibidos ao longo dos dias em que ocorre a mostra, contando como era a vida dos pintores, assim como a sociedade em que viviam.
Vista por cerca de 100 mil pessoas em São Paulo, a exposição é dividida em seis módulos: "Paris: a cidade moderna", "A Vida Urbana e Seus Autores" e "Paris É Uma Festa", "Fugir da Cidade", "Convite à Viagem" e "A Vida Silenciosa", com obras de Camille Pissaro, Claude Monet, Edgar Degas, Edouard Manet, Gustave Coubert, Carot, Henri Toulosse-Lautrec, Jules Lefebvre, Paul Cézanne, Paul Gauguin, Pierre-Auguste Renoir e Vincent Van Gogh, entre outros.
A arte impressionista, ao ser assim denominada, carregava uma conotação pejorativa. Críticos da época achavam as obras de Claude Monet e Auguste Renoir, por exemplo, demasiadas sensoriais e idealistas, ou ainda, a consideravam "impressionistas". No entanto, os pintores simpatizaram com o nome, e passaram eles mesmos a se intitularem "artistas impressionistas".
Na época, a grande crítica feita sobre esse tipo de pintura era devido ao fato de ela romper com as chamadas "regras da academia". Essas regras determinavam, principalmente, que as telas deveriam retratar temas da História e da Mitologia. Os quadros também não deveriam revelar o trabalho do pintor por trás da obra; ou seja, as pinturas deveriam ter traços perfeitamente desenhados, e as pinceladas não podiam ser identificadas. A recusa pelo Salão de Paris de 1866, do quadro O Tocador de Pífano, de Edouard Manet, é prova da rejeição dos críticos em relação ao rompimento proposto pelos artistas impressionistas. Atualmente, esse quadro é considerado um dos símbolos mais importantes do Museu d'Orsay e uma das criações mais emblemáticas do movimento.
Segundo a curadora científica do museu parisiense, Caroline Mathieu, "O fascínio do impressionismo está relacionado ao fato de que retrata temas cotidianos e temas que podemos compreender imediatamente. Não é necessário conhecer História ou Mitologia para entrar no universo dos impressionistas". Assim, o trabalho desses artistas ampliou a gama de temas a serem retratados e promoveu uma verdadeira transformação nas Artes. As obras passaram a estampar situações do cotidiano ou, simples, paisagens. A moda e o comportamento da época também foram registrados por esses pintores. Na tela O Salão de Dança em Arles, de Auguste Renoir, por exemplo, pode-se observar como se vestiam as pessoas e, ainda, nos dá uma noção de como eram os grandes bailes na Europa, em meados do século 19.
As artes plásticas servem de inspiração para os mais renomados estilistas, que buscam na pintura temas para suas coleções. Na arte impressionista, os famosos Girassóis de Vincent Van Gogh, viraram estampas nas mãos das irmãsMulleavy, para a Rodarte.
Não deixe de conferir a exposição "Impressionismo: Paris e a Modernidade" e faça uma verdadeira viagem no tempo para descobrir a sociedade e as belas paisagens da Europa no século 19. Para se animar, assista ao vídeo de divulgação da exposição que nos dá uma prévia do que está disponível no CCBB-RJ. O horário para visitação é de terça a domingo de 9h as 21h.
Sabrina Lopes
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